
Et Cetera
Esse poema é um espelho
Velho signo da alma desgarrada
Brotado ao limiar da vista
Tragado da vastidão vazia
Esse poema é um espelho
Do sêmen à servidão
Vícios táteis, luz de Mirra
Rios turvos brutos feitos
Esse poema é um espelho
Do barro ensangüentado desfeito
Espremido à força bruta!
Composto de vomitadas letras
Esse poema é um espelho
Que a nada reflete
Salvo o nada nosso
Exc(r)eto o tudo deles
Esse poema é um espelho
Que não raro chora a alma procurada
Perdida nos ermos aflita
Em busca do eterno tempo perdido
Esse poema é um espelho
Que só reflete o que você, leitor, já viveu
É a imagem desbotada, da memória fragmentada
Que implora para ser lembrada!
Esse poema é um espelho
Das ruas que cruzam as nossas vidas
Das desvairadas chuvas que maculam a nossa certeza
Mas que confortam nossa esperança infantil
Esse poema é um espelho
De tudo que foi reprimido
De tudo que foi esquecido
De tudo o mais suprimido
Esse poema é um espelho
Dos vultos paralisados
Atravancados no cais noturno
Das vontades marginais
Esse poema é um espelho
Congelado neste instante
Pelo colo frio da saudade
Que jaz no nunca mais
É... Esse poema é um espelho
Que varou-me os olhos ao lê-lo
Descoberto fogo-fátuo de nossas vidas
Na mais inóspita e amarga sensação
Esse poema é um espelho
É a mangueira, é a pitangueira
É a cor viva, nua, suada
É a voz tua, o riso teu!
Esse poema é um espelho
Do nosso cansaço e desolação
Dos sonhos desertados, do horizonte infinito...
Onde está você?
Esse poema certamente é um espelho
Da nossa vontade de viver um pouco mais
De velar por nossa memória conjunta
De velar por nossa fatigada esperança de união
Esse poema é o espelho
Fragmentado em mil pedaços
Que procura pela labirintada luz irmã
Para ver a si mesmo, gêmeo trevas
Esse poema é um espelho
Sim, é sim, é são, é só
É oi! é xau! É vó!
É apenas um espelho...
Tão somente um espelho...
Um espelho...
Velho signo da alma desgarrada
Brotado ao limiar da vista
Tragado da vastidão vazia
Esse poema é um espelho
Do sêmen à servidão
Vícios táteis, luz de Mirra
Rios turvos brutos feitos
Esse poema é um espelho
Do barro ensangüentado desfeito
Espremido à força bruta!
Composto de vomitadas letras
Esse poema é um espelho
Que a nada reflete
Salvo o nada nosso
Exc(r)eto o tudo deles
Esse poema é um espelho
Que não raro chora a alma procurada
Perdida nos ermos aflita
Em busca do eterno tempo perdido
Esse poema é um espelho
Que só reflete o que você, leitor, já viveu
É a imagem desbotada, da memória fragmentada
Que implora para ser lembrada!
Esse poema é um espelho
Das ruas que cruzam as nossas vidas
Das desvairadas chuvas que maculam a nossa certeza
Mas que confortam nossa esperança infantil
Esse poema é um espelho
De tudo que foi reprimido
De tudo que foi esquecido
De tudo o mais suprimido
Esse poema é um espelho
Dos vultos paralisados
Atravancados no cais noturno
Das vontades marginais
Esse poema é um espelho
Congelado neste instante
Pelo colo frio da saudade
Que jaz no nunca mais
É... Esse poema é um espelho
Que varou-me os olhos ao lê-lo
Descoberto fogo-fátuo de nossas vidas
Na mais inóspita e amarga sensação
Esse poema é um espelho
É a mangueira, é a pitangueira
É a cor viva, nua, suada
É a voz tua, o riso teu!
Esse poema é um espelho
Do nosso cansaço e desolação
Dos sonhos desertados, do horizonte infinito...
Onde está você?
Esse poema certamente é um espelho
Da nossa vontade de viver um pouco mais
De velar por nossa memória conjunta
De velar por nossa fatigada esperança de união
Esse poema é o espelho
Fragmentado em mil pedaços
Que procura pela labirintada luz irmã
Para ver a si mesmo, gêmeo trevas
Esse poema é um espelho
Sim, é sim, é são, é só
É oi! é xau! É vó!
É apenas um espelho...
Tão somente um espelho...
Um espelho...
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