domingo, 1 de julho de 2007

(Foto tirada em Brasília, numa noite fria de morrer)

Soneto Frio
E quando na linha do tempo desvaneço
Já não sei mais em qual desbotado livro te deixei
Cego, em qual sentimento menor mascarei
O querer ausentemente consentido de que padeço

Teu nu no rio, pois todos os meses eram janeiro, ferida aberta
de areia e mar, delírio de poesia que não refletia o bem-estar
Antes o inferno-amor que nos insistia rodear
Marginal, do qual era refém o meu sossego

E que já me firo se miro no hiato
Qual sentinela, abdico em ato calado
Da tua carne em revolta tempestade

Ah! Então vislumbro na vida tanta arte
Numa trova certeira e avessa ao nome saudade
Que já não me cabe a tal da realidade.

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.